sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

xoxo ;~

A falta de energia com a qual eu acordei hoje, foi tão intensa quanto a grande energia que me foi tomando durante o dia... Não que hoje eu tenha saltidado pelos campos, feito mil coisas e conversado com dezenas de pessoas... eu simplesmente estava mais satisfeita do que ontem, a se considerar que ontem eu deveramente surtei.
Mesmo tendo andado para lá e para cá, viajado entre Laranjeiras e Pitangueiras durante o carnaval, eu não fiz nada que me desagradasse tanto assim, o que me fez sentir denovo aquele gostinho de eu-sou-o-que-sou-ninguém-me-manda-me-aceitem-assim-vida-louca-sem-eiras-nem-beiras novamente, a costumeira liberdade que eu tanto aprecio, então, como eu deveria ter esperado, voltar para a rotina de trabalho foi meio trash.
Não só pelo emprego, mas também pelas responsabilidades que eu tive que lembrar que tinha, coisas que eu fiz questão de esquecer durante o feriado. Feriado que me trouxe um bom humor bem medido, nada de mais, permitindo assim que eu tomasse algumas decisões sobre peculiaridades particulares, coisas que eu achei que não fosse mais precisar se eu fosse feliz daquela forma. Nada que não acrescente para experiência, mas voltar a rotina, ontem, foi realmente ruim.
E para completar a controvérsia, ontem, eu tinha levantado da cama extremamente animada e espalhafatosa, várias pessoas perceberam: "Como foi de carnaval?", "Ótima!" (energia para abastecer uma cidade pequena por uma semana), "Hmm, sei, você não parece cansada." -q?
Desculpa, mas lazer normalmente me traz energia tá? Eu não tenho culpa se vocês se cansam com divertimento.
Então, vulnerável na minha felicidade, fui deixando as pessoas brincarem de fazer terrorismo psicológico comigo, daí juntou tudo, fofocas sobre a minha pessoa, as responsabilidades, as novas decisões sobre peculiaridades pessoais e quando eu fui me dar conta de mim em mim mesma, eu estava mais comprimida que ar dentro de balão, remoendo desentendimentos, abrindo meus problemas para deus e o mundo, na esperança de encontrar uma luz que me puxasse do poço que eu estava deixando me sugar. As lágrimas lavaram e eu fui dormir tarde, com a sensação de ter carregado pelo menos uns dois pianos por escadarias longas e interminantes...
Graças a isso acordei incrivelmente inchada, dormi no ônibus e não falei com muita gente no trabalho, só para evitar mais terrorismos. Saquei uma boa leitura, e me escondi durante a manhã inteira atrás do balcão, tendo até de ser pouco educada com colegas indesejáveis (o que possivelmente causa a discórdia posterior) e pouco amiga dos pacientes, só fiz o meu trabalho, sem regalias, sem simpatias, eles que se virem.
O meu humor melhorou consideravelmente a partir disso, acho que foi a sensação de individualidade, de identidade interior e de capacidade de ainda realizar coisas que me dão prazer mesmo em ambiente hostil (de trabalho). E eu estou falando de ler e ficar serena, sozinha, não de tratar mal os outros, é claro.
Se bem que eu não posso negar que fazer cara feia e calar a boca de quem me traz desgostos me dá um prazer quase que pervertido, sensação que por experiência sei que não devo alimentar, as consequências são desastrosas, mas são coisas que um dia que outro posso exercitar, só por uma questão de safar meus vícios e até mesmo evitar surtos.
Esqueci as coisas que estavam me fazendo pirar e darei umas facadas em quem me fizer lembrar delas, está bem, não darei facadas, mas juro que farei a coisa legal mais dolorosa que puder.
E cheguei a algumas conclusões do tipo, estresse bloqueia a minha criatividade, ou seja, por isso que eu abandonei os textos logo que eu vim morar aqui, esqueci como se fazia... nada que eu não esteja lutando para aprender a administrar, ainda mais que estou expandindo e muito a minha veia artística e não quero perder as palavras por nada, seria o cúmulo. E mais algumas conclusões que estão me cansando para serem lembradas, quando elas forem úteis eu as reconvoco à minha mente...
Bom, o desabafo é esse, minha conselheira hiper realista porém sempre amada entrou no MSN, e os fones de ouvido também estão com saudades.

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